O Impostômetro estima a arrecadação em tempo real. O painel está
instalado na fachada da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) desde
abril de 2005. As medições feitas por ele também podem ser acompanhadas
pela internet, por meio do site www.impostometro.com.br.
Para Rogério Amato, presidente da ACSP e da Federação das
Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), o volume de
impostos arrecadados é incompatível com o retorno proporcionado pelo
poder público. "A Tendência
é que no último dia de 2012 alcancemos R$ 1,6 trilhão, um valor elevado
demais para um País que ainda precisa melhorar muito a qualidade dos Serviços públicos", diz Amato.
Em 2005, ano em que o Impostômetro foi lançado, no dia 11 de julho o
painel apontava a arrecadação de R$ 380 bilhões. Isso mostra que em
sete anos a arrecadação tributária cresceu 210%. Além disso, caso o
valor de R$ 1,6 trilhão realmente seja alcançado no final do ano, ele
será R$ 100 bilhões maior do que o registrado ao longo do ano passado.
Vale destacar que o contribuinte brasileiro trabalhou do início do
ano até o final do mês de maio unicamente para pagar impostos. Foram
exatamente 150 dias para matar a fome do Leão. O cálculo é do Instituto
Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). O contribuinte brasileiro é
um dos que mais trabalha para encher os caixas dos governos. Na França,
por exemplo, se trabalha 149 dias. Nos Estados Unidos, 102 dias, na
Argentina, 92 dias.
De todo o rendimento, o brasileiro destinou, na média, 40,98% em
2012 para pagar os tributos. Esse percentual é resultado da elevada Carga Tributária
do País, que está em 36,02% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que,
nos últimos dez anos, ela avançou 5,9 pontos percentuais.
Além de elevada, a tributação onera em especial o consumo. Há uma série de tributos embutidos no Preço
dos produtos e serviços, como o Programa de Integração Social (PIS),
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Serviços (ISS). Há ainda os tributos incidentes sobre o patrimônio, como o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).
O brasileiro pode ter uma posição mais ativa e crítica com relação à Carga Tributária do País. No hotsite www.horadeagir.com.br, o contribuinte pode tornar pública sua opinião a respeito do tema.
É uma forma também de pressionar os deputados federais – com o
envio de mensagens por meio de um link – para que coloquem em votação e
aprovem o Projeto de Lei nº 1.472/2007, que determina que o valor dos
tributos seja discriminado nas notas ou cupons fiscais.
Fonte: Diário do Comércio - SP
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