sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Qual a melhor opção de investimento para guardar 500 reais por mês?

Entenda quando é mais vantajoso utilizar o Tesouro Direto ou a Poupança para fazer seu dinheiro render mais.

Quando se pensa em guardar dinheiro – principalmente para quem não tem muito –, a primeira palavra que vem à cabeça é poupança, certo? Mas, com as mudanças nas regras de rendimento, muitas pessoas ficaram confusas. O ClickCarreira foi conversar com Mário Amigo, professor de Finanças da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuarais e Financeiras (Fipecafi), para entender o que mudou na poupança e descobrir se ela continua valendo a pena para quem ganha até R$ 2 mil e consegue guardar R$500 por mês para investir.

Novas Regras

As novas regras da poupança foram instituídas em 4 de maio de 2012, mas as mudanças na rentabilidade só passaram a valer no momento em que a taxa básica de juros, chamada de Selic, foi reduzida para menos de 8,5% ao ano. Isso porque, a partir de agora, a remuneração da poupança vai depender da Selic, que é definida mensalmente pelo Conselho de Política Monetária (Copom).
Assim, sempre que a Selic for menor que 8,5%, o rendimento da caderneta de poupança passa a ser fixado em 70% da taxa Selic mais a Taxa Referencial (TR), que é calculada a partir da média de rendimento mensal dos Certificados e Recibos de Depósitos Bancários (CDBs).
Antes, o rendimento da poupança era fixado em 6,17% ao ano (0,5% ao mês) mais a TR. “Se a Selic ficar acima de 8,5%, a regra antiga continuará valendo”, explica o professor. Além disso, os depósitos feitos na caderneta de poupança até 3 de maio de 2012 também seguem rendendo como no passado, independentemente da variação da taxa básica de juros definida pelo Copom.

Veja na prática como ficou para quem aplicava na poupança R$ 500 por mês:

Como era:
Com remuneração de 0,5% ao mês + TR: rendimento de R$ 2,74 por mês.
Como ficou:
Se a Selic chegar a 7,5%, conforme é previsto pelo governo, a poupança vai pagar 5,25% + TR: rendimento de R$ 2,14 por mês.
A diferença é de R$ 0,60 por mês e de R$ 7,20 por ano.

Rentabilidade e segurança – De acordo com o professor da Fipecafi, mesmo com as alterações, a poupança continua recomendada para o poupador, por se tratar de um investimento seguro. Outras modalidades, como o Tesouro Direto, no entanto, podem dar um pouco mais de retorno. “O que vai definir onde vale a pena aplicar é o prazo de investimento”, explica Mario Amigo.

Para prazos inferiores a quatro meses e Selic abaixo de 8,5% ao ano, a poupança é melhor opção, pois ela é isenta de Imposto de Renda e tem liquidez imediata. Para períodos maiores, as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), que pagam a variação da Selic, tornam-se mais atrativas, mesmo com os custos embutidos de 0,3% ao ano para a CBLC e de 0,10% do valor investido no ato da compra. “Você tem que deixar o dinheiro aplicado no Tesouro por no mínimo quatro meses. Quem ficar mexendo no dinheiro deve optar pela poupança”, diz.

Se a Selic baixar ainda mais, o prazo muda. Por exemplo, com Selic a 5% ao ano o prazo em que a poupança seria mais interessante se estende até oito meses. “Isso se justifica por que os custos fixos no Tesouro Direto de CBLC (0,3% ao ano) e 0,10% no ato da compra, resultam num impacto relativo maior. Isso sem falar no custo do agente de custódia (0,20%), serviço que pode ser cobrado no Tesouro Direto”, explica.
A seguir, veja algumas simulações de rendimento da poupança e das LFT considerando uma taxa Selic média de 7,75% ao ano, que é estimada pelo governo.
Investimento mensal: R$ 500
Tempo
LFT (sem ágio*)
Poupança
5 anos
R$ 35.195,96
R$ 34.411,04
3 anos
R$ 19.772,15
R$ 19.547,80
1 ano
R$ 6.184,54
R$ 6.174,89
6 meses
R$ 3.003,11
R$ 3.003,29

* custos: 0,10% no ato da compra + 0,30% ao ano para serviços da CBLC

Tempo
LFT*
Poupança
 5 anos
R$ 35.032,73
R$ 34.411,04
3 anos
R$ 19.718,81
R$ 19.547, 80
1 ano
R$ 6.179,15
R$ 6.174,89
6 meses
R$ 3.032,13
R$ 3.003,29

* custos: 0,10% no ato da compra + 0,30% ao ano para serviços da CBLC + 0,20% do agente de custódia
Outros títulos do Tesouro Direto como Letras do Tesouro Nacional (LTN), Nota do Tesouro Nacional – série F (NTN-F) ou Nota do Tesouro Nacional – série B (NTN-B) apresentam outros riscos e são indicados para investidores que têm mais conhecimento. “Os fundos referenciados DI ou RF, com taxas abaixo de 2,0%, podem também ser uma opção para os pequenos poupadores”, indica o professor. 

Fonte: msn.clickcarreira.com.br

Para quatro especialistas, imóveis são investimento ruim neste momento

Os preços dos imóveis no Brasil valorizaram 47,9% de agosto de 2010 a junho de 2012, de acordo com o índice FipeZAP, produzido em parceria entre a Fipe e o ZAP Imóveis. A alta valorização chama a atenção, principalmente para quem busca oportunidades de ampliar o patrimônio num cenário de mercado acionário em queda e juros com taxas baixas.

No entanto, especialistas são unânimes em afirmar: neste momento não há como fazer bom negócio com imóveis no país porque os valores já estão muito elevados. "Para mim, nós vivemos uma bolha do setor imobiliário, com preços muito aquém do que os imóveis valem. E preços que não vão se sustentar por mais muito tempo. Sendo assim, a compra de um imóvel nesse momento não é bom negócio, nem para investimento nem para morar", afirma Willian Eid, coordenador do Centro de Estados de Finanças da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas).
Para o coordenador do curso de Real Estate da Poli/USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), João da Rocha Lima Júnior, comprar um imóvel agora é como comprar uma ação em época de alta da Bolsa. "O mercado imobiliário já está precificado. Essa história de comprar e esperar valorizar já não é uma boa opção, e, em minha opinião, nem investimento é. É especulação. Investimento é comprar para alugar, mas isso também não é bom negócio. Primeiro que alugar imóvel residencial no Brasil é muito difícil por causa da lei do inquilinato, que protege muito o locatário, fazendo o risco do negócio ser muito alto para o locador. Além disso, a relação entre valor de aluguel e valor de imóvel é muito ruim no País".
Ambos os especialistas concordam em mais uma questão: os rendimentos da renda fixa são mais vantajosos do que a renda de um imóvel alugado. "Hoje tá valendo mais a pena deixar o dinheiro na renda fixa, principalmente se for a antiga poupança, do que investir em imóveis", diz Eid. Rocha Lima completa: "Não podemos esquecer que imóvel tem custo, corretor, imposto de renda e dor de cabeça, coisas que a poupança não tem. Isso precisa ser muito bem avaliado.”
Comprar para morar
Embora o momento não seja ideal para a compra de imóveis, o professor Willian Eid diz que entende quem deseja comprar um imóvel para morar mesmo nesse cenário. "Aqui no Brasil as pessoas têm necessidade de ter a casa própria. Nem que você prove por A + B que pagar aluguel talvez seja mais vantajoso neste momento, as pessoas querem ter a casa delas e, quando conseguem condições para isso, não avaliam outros fatores", explica.
Para ele, quem tem esse objetivo, mais do que mirar em um bom negócio financeiro, deve se preocupar em encontrar algo que supra as necessidades de toda a família. "É importante observar se o lugar é bom, se no futuro não haverá uma avenida, um viaduto, ou alguma coisa que possa vir a atrapalhar o imóvel. Também é importante caber no bolso. Não acho que feirões tenham boas oportunidades e também não acho que construir seja vantajoso. Eu acredito que hoje, a melhor opção seja encontrar um imóvel usado que atenda às expectativas.”
No entanto, o professor faz questão de frisar: "se a pessoa puder esperar um pouco, eu aconselharia o aluguel agora porque os preços devem começar a cair em breve.”
Samy Dana, PhD em finanças e professor da EESP-FGV, completa: "Atualmente, os imóveis não são investimentos. São bens de consumo que devem ser comprados por razões muito diferentes da eficiência financeira, tais como realizar o sonho da casa própria ou a sensação de segurança pessoal que o imóvel próprio pode oferecer.”
Bolha Imobiliária
O educador financeiro Rafael Seabra, em artigo para o portal Quero Ficar Rico, explicou em sete itens como se forma uma bolha imobiliária e porque no Brasil ela pode estar próxima de estourar. Confira:
 1) Aumenta a procura por imóveis e o preço sobe.
2) Aumenta o número de investidores que compram imóveis para alugar ou ganhar dinheiro.
3) Os preços começam a subir excessivamente, acima da capacidade de consumo das famílias.
4) O preço chega a um patamar insustentável, afastando potenciais compradores, que passam a considerar a hipótese de alugar imóveis. Com o preço dos imóveis cada vez mais irreal, as pessoas deixam de comprar e passam a cogitar o aluguel. Até porque passa a valer mais a pena alugar do que comprar, financeiramente falando.
5) Os preços dos aluguéis sobem pois a demanda por imóveis do tipo aumenta. Com tanta gente preferindo alugar do que comprar, o preço dos aluguéis disparam.
6) O preço dos imóveis começa a baixar como um todo devido à diminuição da procura. O País ainda não alcançou esse patamar, mas o preço em muitas cidades já começa a subir menos ou mesmo estagnar. Já existem vários indicadores que mostram que a alta no preço dos imóveis novos desacelera em várias cidades.
7) Há uma baixa mais expressiva nos preços dos imóveis pois os investidores começam a tentar vender os mesmos com urgência.
Esse é o ponto que ainda não atingimos e que não há previsão de ocorrer. Vale ressaltar que esse já é o último item para decretar o estouro da bolha. E já percorremos praticamente todo o caminho para isso. O Braisl está em um dos momentos finais dese ciclo: o momento em que as pessoas deixam de comprar imóveis novos para ir atrás de casas de aluguel. É praticamente o último momento antes da bolha imobiliária efetivamente estourar nas regiões metropolitanas.

Os impostos ficam com 1/3 da produção no Brasil

Carga tributária brasileira é igual à do Reino Unido e maior do que a dos Estados Unidos.

Um terço do que se produz no Brasil vai para o estado, na forma de pagamento de impostos. Em 2011, o País produziu mais de R$ 4,1 trilhões em riquezas, e pagou cerca de R$ 1,4 trilhão de impostos. Esse valor daria para comprar 50 milhões de carros populares.

Assista a debate promovido pela TV Câmara sobre a carga tributária nacional. Do total arrecadado pelo governo, cerca de 15% foi usado no pagamento de juros da dívida pública. Gastos com a previdência social somaram aproximadamente 40%. Já as despesas com os serviços públicos, tais como saúde, educação e segurança, além dos investimentos em infraestrutura, levaram cerca de 45% da arrecadação.

Para alguns especialistas, o governo arrecada muito e gasta mal. A carga tributária brasileira é igual à do Reino Unido e maior do que a dos Estados Unidos. Nossos serviços públicos, no entanto, ainda são precários e a máquina pública é considerada ineficiente.

Economistas e empresários acreditam que a redução da carga tributária é essencial para que o Brasil se torne mais competitivo e possa garantir um crescimento sustentado por um período mais longo.

Na Câmara, a redução da carga tributária é sempre um tema polêmico. Enquanto, a reforma tributária não avança, os deputados analisam medidas provisórias que desoneram a produção e inúmeros projetos de lei que concedem isenção tributária e incentivos fiscais para os mais diversos ramos da economia. Além disso, o Congresso discute há 20 anos a possibilidade de tributar grandes fortunas, outro tema igualmente polêmico.

Fonte: Agência da Câmara

terça-feira, 14 de agosto de 2012

As sete carreiras mais promissoras


Profissões ligadas ao varejo, internet, setor bancário e T.I. devem ampliar as contratações; cargo de gerente de relações governamentais é o maior destaque

As profissões ligadas ao varejo, à internet e ao setor bancário estão entre as mais promissoras do mercado de trabalho, segundo pesquisa da consultoria Michael Page feita em cinco países (Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França e Brasil).

O profissional que faz a ponte entre o setor de Tecnologia de Informação e as demais áreas das empresas, um dos pontos cruciais para as organizações atualmente, é também outro nicho que oferece boas oportunidades.

Por fim, a consultoria lista o posto de gerente de relações governamentais como um dos que deve ampliar a contratação nos próximos anos. Com atuação em grandes empresas, em especial aquelas que são fiscalizadas por órgãos reguladores, como Anatel e Aneel, o nível de exigência desse cargo é alto: o profissional deve ter boa capacidade de comunicação, ao mesmo tempo que precisa entender os detalhes burocráticos. Por isso, oferece o maior salário entre as sete carreiras: R$ 45 mil

"São profissões muito especializadas, que atendem a demandas atuais e futuras. A perspectiva para os próximos anos é de ampliação no campo de trabalho desses cargos", diz, em nota, o presidente da Michael Page no Brasil, Paulo Pontes.
Veja abaixo as 7 carreiras mais promissoras:

Gerente de treinamento do varejo
O que faz: treina os funcionários de cada ponto de venda da empresa. A percepção hoje, diz a consultoria, é que é mais eficaz treinar os funcionários de acordo as necessidades do tipo de cliente de cada localidade. Antes, a prática era adotar um treinamento igual para todos os funcionários.
Formação: administração de empresas, recursos humanos e psicologia.
Onde procurar emprego: empresas do setor de varejo.
Salário médio: R$ 8 mil a R$ 12 mil.

Gerente de identidade visual
O que faz: é o responsável por adequar o ponto de venda ao perfil do público que o frequenta. É quem decide que linha de produtos deve ganhar destaque, como os vendedores devem abordar os clientes, entre outros pontos.
Formação: publicidade e propaganda, marketing e administração, com experiência em varejo.
Onde procurar emprego: empresas do setor de varejo, em especial no segmento de luxo.
Salário médio: R$ 8 mil a R$ 12 mil

Gerente de comunidade
O que faz: atua na comunicação com o consumidor por meio de redes sociais, blogs e fóruns online. É responsável, por exemplo, por impedir que as reclamações sobre um produto ou serviço de sua empresa divulgadas no Twitter ou no Facebook se transformem em virais negativos.
Formação: marketing e publicidade e propaganda.
Onde procurar emprego: agências de comunicação e empresas que atuam nas redes sociais.
Salário médio: R$ 7 mil a R$ 10 mil

Gerente de marketing online
O que faz: elabora a estratégia de marketing de uma empresa nas redes sociais, como Twitter e Facebook. O trabalho inclui, por exemplo, definir que rede social a empresa deve utilizar para atingir um público específico. Na Europa e nos Estados Unidos, os profissionais desse ramo já contam com experiência de até dez anos no currículo, afirma a consultoria. No Brasil, só agora o marketing online começa a ganhar destaque, o que explica a alta procura por esses profissionais.
Formação: publicidade, propaganda e marketing.
Onde procurar emprego: agências de comunicação e empresas que atuam nas redes sociais
Salário médio: R$ 8 mil a R$ 15 mil

Gestor de reestruturação
O que faz: nos bancos, gerencia a carteira de clientes endividados, que abrange as empresas em dificuldades decorrentes, principalmente, da crise econômica de 2008. Há profissionais desse tipo também dentro das companhias, com a missão de equilibrar a situação financeira da empresa.
Formação: gestão e administração de empresas, economia e engenharia, com pós-graduação em finanças e experiência comprovada em áreas de risco de crédito.
Onde procurar emprego: instituições financeiras e empresas de grande porte do setor privado.
Salário médio: R$ 14 mil a R$ 24 mil

Gerente de projetos
O que faz: é o responsável por manter o diálogo entre o departamento de TI e as demais áreas de uma empresa. Cumpre a função de levar os pedidos dos funcionários aos técnicos de sistemas de informação. Ao mesmo tempo, aponta aos funcionários as limitações dos recursos de TI.
Formação: engenharia e informática.
Onde procurar emprego: médias e grandes empresas de todos os segmentos.
Salário médio: R$ 12 mil a R$ 20 mil

Gerente de relações governamentais
O que faz: é o interlocutor da empresa junto a órgãos governamentais e agências reguladoras, como Anatel e Aneel. Sua área de atuação inclui desde questões legais até assuntos socioambientais. Por isso, o cargo exige um profissional que tenha grande capacidade de comunicação e, ao mesmo tempo, conhecimento e aptidão para os detalhes burocráticos.
Formação: comunicação, direito, administração de empresas, relações internacionais ou ciências sociais, de acordo com a área de atuação da companhia.
Onde procurar emprego: empresas de grande porte, principalmente aquelas sob a supervisão de órgãos reguladores.
Salário médio: R$ 12 mil a R$ 45 mil

Fonte: Estadão Online

Proposta antecipa de três para um ano o prazo para resgate do FGTS

A Câmara analisa proposta que antecipa de três para um ano o prazo de carência, após o fim do contrato de trabalho, para resgate do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
 
A Câmara analisa proposta que antecipa de três para um ano o prazo de carência, após o fim do contrato de trabalho, para resgate do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) .
A medida está prevista no Projeto de Lei 3334/12, do deputado Assis Carvalho (PT-PI), que também autoriza a Caixa Econômica Federal a unificar os saldos de contas referentes a empregos diferentes caso o trabalhador não resgate o valor devido após o período de um ano.

Pelo texto, o resgate após um ano será possível mesmo que o trabalhador já tenha outro emprego. Caso não haja o saque nesse período, os valores do antigo fundo e do atual poderão ser reunidos e, a partir de então, não será mais possível a separação dos recursos.

Apesar da unificação do dinheiro, o saldo antigo não terá impactos no valor da multa rescisória a ser paga pelo novo empregador, caso o trabalhador saia do segundo emprego.

Sem prejuízos

O deputado Assis Carvalho argumenta que a antecipação do prazo para resgate do FGTS deverá beneficiar o trabalhador sem gerar prejuízos ao fundo.

Além disso, segundo ele, a unificação de contas “viabiliza a permanência do empregado dentro do regime do FGTS, evitando os casos de informalidade acordada e estimulando a produtividade formal do trabalhador”.

O texto altera a Lei do FGTS (8.036/90).

Tramitação
O projeto, que tramita em regime de prioridade e apensado ao PL 1648/07, do Senado, será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação (inclusive quanto ao mérito); e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte: Agência Câmara de Notícias

Pesquisa aponta que os empresários brasileiros estão entre os menos estressados do mundo

Um levantamento realizado pelo International Business (IBR), da Grant Thornton International, com 6.000 empresas em 40 economias, apontou que os empresários brasileiros estão entre os menos estressados do mundo.

Apesar de pesquisas apontarem um crescimento no nível de estresse do empresário local, um aumento de 10 pontos percentuais comparado ao ano de 2010, apenas 19% dos profissionais relatam que o estresse aumentou no último ano, enquanto a média global ficou em 28%. Para Eduardo Shinyashiki, especialista em desenvolvimento humano, o investimento em planejamento é essencial para uma rotina mais saudável. "Uma empresa com metas bem definidas faz com que as equipes se sintam desafiadas e valorizadas, isso é extremamente importante para construir um cenário positivo", explica. 

O panorama global mostrou que o nível de estresse dos executivos teve o menor aumento anual desde 2005. Em 2010, por exemplo, 45% apontavam conviver com o problema, já, em 2011, o número caiu para 28%. O ranking também coloca o Brasil em 30º lugar, já a Grécia, com 68%, lidera; na sequência, aparecem China (60%), Taiwan (57%) e Vietnã (56%). No sentido oposto, entre os países com empresários menos estressados, estão Dinamarca (6%), Austrália (9%), Holanda e Rússia (13%).

Os dados apurados também apontaram que questões como conflitos internos e políticos na companhia, pressão para alcançar metas de desempenho e o volume de informação estão entre as maiores causas do estresse no Brasil. "O papel do líder é essencial para conduzir seus funcionários diante dessas questões, ele é responsável por indicar a direção, verificar a rota, transmitir a missão e o significado das tarefas e ações. Assim é possível harmonizar e equilibrar a equipe, impulsionando a motivação e o comprometimento", sugere Eduardo Shinyashiki.

Pensando em formas de fugir das situações de estresse, 72% dos executivos brasileiros apontam que realizam programas em casa e fora para aliviar, 64% preferem praticar esportes e 61% mantêm um ritmo regular de trabalho. Além disso, o IBR constatou que globalmente apenas 42% das pessoas consultadas tiram férias para amenizar o estresse. "O excesso de estresse causa impactos negativos na nossa saúde, deixando a angústia e o mal-estar se infiltrarem no dia a dia, afetando o rendimento, resultados, performance e a qualidade de vida. Praticar atos que gerem momentos de prazer e participar de atividades lúdicas e de lazer podem ajudar a reconstituir o ânimo. Ações simples, mas que quebram completamente a rotina, são capazes de proporcionar uma sensação de bem-estar", ensina o especialista.

Fonte: Portal RH

Tributação digital em foco

É comum termos no noticiário econômico a voz de empresários nacionais reclamando da intensa e ampla obrigação tributária no Brasil

Para estar em dia com as obrigações tributárias e não sofrer multas ou sanções, grande parte dos empresários entende que esse trabalho precisa ser exercido apenas pelos profissionais da contabilidade.
Neste cenário, é intensa a corrida que profissionais contábeis têm no seu cotidiano. Dia após dia, ele cuida de uma agenda tributária ampla, sendo uma ponte das empresas com as obrigações governamentais. No entanto, esse cenário está passando por mudanças, que são estritamente necessárias.

Para facilitar o diálogo tributário, a tecnologia é a grande aliada. Ao simplificar a relação do fisco com as empresas, um governo não apenas vai melhorar a arrecadação. Sem ficar voltado exclusivamente para as obrigações tributárias, um profissional contábil pode auxiliar na gestão das empresas, exercendo um papel fundamental.

O fornecimento e acompanhamento do balanço contábil é importante para análise dos caminhos trilhados como também na definição de metas futuras de qualquer negócio. A tecnologia é um grande aliado para essa simplificação. O governo federal trabalha nesse sentido, tanto que vem promovendo uma série de mudanças com a utilização dos chamados documentos eletrônicos. Um dos principais projetos na área de tributação é o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) . Sua importância é tamanha que o SPED faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento, o famoso PAC, a principal bandeira do governo federal no mandato do ex-presidente Lula e que segue como prioridade na gestão de Dilma Rousseff.

A informatização do fisco com os contribuintes é, sem dúvida nenhuma, um avanço essencial. A forma digital dos documentos contábeis e tributários agiliza o diálogo entre governo e empresas, facilita o levantamento destas informações e também a fiscalização e representa um grande salto na sustentabilidade, por reduzir drasticamente o uso do papel. Com disseminação da informática, cada vez mais presente na vida das pessoas, o sistema digital é um caminho sem volta, que será cada vez mais utilizado não apenas no mundo tributário como em todos os diálogos envolvendo governos, empresas e pessoas.

No entanto, é preciso que a implementação digital seja feita de maneira completa. Todos os envolvidos precisam saber claramente que terão obrigações necessárias. Especificamente sobre o SPED relativos ao PIS (Programa de Integração Social) e ao Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), é preciso esclarecer que esse sistema não depende exclusivamente do empresário contábil. Para cumprir essa obrigação, não é apenas o contador que precisa ter equipamentos e programas específicos. A própria empresa precisa estar devidamente equipada para fornecer os dados necessários para o contador que, caso contrário, fica de mãos atadas.

No contato diário com os empresários, os contadores acabam atuando como porta-vozes de mais uma exigência para cumprir as obrigações tributárias. Esta ampla divulgação, no entanto, precisa ser feita pela própria Receita Federal do Brasil. É ela quem tem o papel de elaborar uma campanha massiva nos meios de comunicação para informar e também elaborar projetos para fornecer boas condições para que as empresas brasileiras possam cumprir tais exigências.
O setor contábil está empenhado em colaborar com os órgãos tributários. Só que é necessário que os empresários tenham informações precisas para evitar ruídos nesse diálogo. A empresa contábil, na figura do contador, pode e deve orientar o empresário, mas não pode e não tem condições de obrigá-lo a adquirir equipamentos e sistemas que são a base para o cumprimento das exigências tributárias. O papel do empresário contábil e do contador é essencial dentro de uma instituição e também perante a sociedade, mas há diversas situações que exemplificam que a grande maioria ainda desconhece tamanha importância.

Fonte: Diário Comércio Indústria & Servciços - SP